segunda-feira, fevereiro 28, 2005

Leituras - O Livro dos Dias

Emprestaram-me "O Livro dos Dias" (título original "A Booke of Days") de Stephen J. Rivelle, que é um romance histórico passado no tempo das Cruzadas. Já há uma semana que o ando a ler. É da Lyon Edições, facto muito relevante sobretudo para futuras aquisições: resumidamente - nunca hei de comprar, enquanto houver memória das referidas Cruzadas, qualquer livro desta editora. Devem ter contratado alguém para garantir que nenhuma página do livro se escapa sem pelo menos um erro ortográfico, gramatical ou de impressão. Aliás, esse deve ter sido o único a fazer um trabalho impecável.
Quanto à história propriamente dita, e até agora, o enquadramento parece ter algum fundamento histórico, mas lamento não ter mais conhecimento da época para o poder avaliar correctamente. Temo ficar com algumas idéias equívocas sobre o tema, à força de ser esta a minha primeira leitura. As referências eróticas são excessivas, o que me leva a pensar que o autor não arranjou outra maneira de prender os leitores que não fosse polvilhar o livro com esses acepipes. E não estou aqui com falsos moralismos.
Enfim, a ver vamos. O raio dos erros é que são mesmo incómodos. Já me sinto mais um spellchecker do que um leitor.

P.S.: Será demasiado cruel citar a seguinte review do livro na Amazon, com a qual começo a sentir uma certa empatia?:
"I have read lots of historical fiction. This was extremely vile historical fiction. This was more of one man's excuse to write about his fictional ancestor's sexual romps through Europe during the first Crusades. Lord Roger observes sex, has sex, talks about sex and thinks about sex. Oh, and there's also some references to the Crusades. Excessive in lust, violence, and carnal language. Lots of great research on the author's part, I'm sure, but all wasted as it's sandwiched in between very gratuitous descriptions of every type of sex! Some historical potential in there, but dusgusting to read."

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Politiquices

Why are the people starving?
Because the rulers eat up the money in taxes.
Therefore the people are starving.

Why are the people rebellious?
Because the rulers interfere too much.
Therefore they are rebellious.

Why do the people think so little of death?
Because the rulers demand too much of life.
Therefore the people take death lightly.
Having little to live on, one knows better than to value life too
much.
- Tao Te Ching
Assim é também em Portugal.
Quando pouco se pode piorar, pouco se arrisca. Então, porquê hesitar? É uma atitude que transcende a lógica, tal como a esperança e a vingança.

segunda-feira, fevereiro 07, 2005

Leituras - O Budismo Zen

Quem esteve atento ao blog viu a minha linha de interesses sofrer umas inflexões um bocado esquisitas. Tudo isso culminou na minha actual leitura, O Budismo Zen, de Alan W. Watts.

[...]
Talvez a minha mente seja como a mente de um louco,
Como ela, tão ignorante!
Os vulgares são brilhantes
E só eu pareço enfadonho.
Os vulgares são sensíveis,
e só eu pareço embotado.
Sou negligente como se fosse obscuro;
Derivo, como se nada me prendesse.
As pessoas em geral têm todas algo que fazer.
E só eu pareço pouco prático e desajeitado.
Só eu sou diferente dos demais,
Mas dou valor ao procurar alimento na Mãe (Tao).
- Lao Tzu

Relatório Martim- XXV

Acesso restrito

terça-feira, fevereiro 01, 2005

Haiku

Noite de Inverno -
salto da cama quentinha.
Tapo-te de novo.

- Luís F.