quarta-feira, setembro 26, 2007

The Police - Or There and Back Again - III


Arrancou o concerto com Message in a Bottle. Sting, Andy Summers e Stewart Copeland em grande estilo. Sem os écrans gigantes, que só apareceram à segunda música, com referências visuais ao álbum Sinchronicity. As músicas sucederam-se a uma velocidade alucinante, que apetecia agarrar, não fosse uma forte incitação ao desapego pelo meu lado mais Budista. O público cantou massivamente as partes mais conhecidas e entoou os habituais yee eeeh oooh etc. e tal, com vontade. Também havia uns putos que não sabiam o que estavam a fazer, penetras que queriam um lugar melhor e drogados a tombar. Mas essa plebe rústica exaltada não representava mais de 5% dos presentes. O resto era malta de cabelinho a ficar branco, - um pouco menos, é certo, do que os três à solta no palco, que não davam tréguas -, malta no mínimo bem comportada, e no máximo devota. Cantei, gritei e bati palmas até não poder mais, com as pernas a dar as últimas (e sem saltar, porque a hérnia discal nunca mo perdoaria). Os concertos são feitos também pelos do lado de cá.

Entretanto, as partes rápidas eram arrebatadoras, e as meditativas como Wrapped Around Your Finger e Walking In Your Footsteps eram mágicas.

Nos encores, houve brincadeira, com Sting a alterar a letra de So Lonely para "Welcome to the Andy Summers Show" e "Welcome to the Stewart Copeland Show", e com Andy Summers a ficar sozinho em palco, abandonado, e a lançar-se sozinho para a frente, seguido depois pelos compinchas regressados.

Foi triste chegar ao fim, como num almoço em que, de barriga cheia, não chegámos a provar os camarões. Obrigado, POLICE!






P.S.: Já à saída, juntámo-nos finalmente ao Pedro, que nos relatou a sua saga. Ainda encontrámos uma ex-colega do Coral Stella Maris de Peniche, vi colegas de trabalho, um colega da 1ª classe... só surpresas. Fizemos o caminho de regresso até ao carro, tirámo-lo do pinhal sem o destruir, Algés para deixar o Pedro e rumo a casa!

POLICE - Até Domingo, EM PARIS!

The Police - Or There and Back Again - II

Posicionámo-nos num sítio privilegiadíssimo: sentámo-nos no chão para aí a 6ª fila, ligeiramente à direita do centro do palco. Estava frescote, o casaco sabia bem. Afinal a manga enigmática dava para proteger o pescoço contra o frio, mas por esta altura já não havia nada para ninguém. Pelas 20h00, chegaram os Fiction Plane.

O Pedro estava algures no trânsito.

Ao princípio achei a banda bastante pesada. Muita distorção, era difícil discernir os acordes, embora tivesse algo de interessante. Deve ser por eu não perceber nada de música e ainda achar os Sonic Youth uma novidade (agora dem-se chamar para aí Subsonic Geriatrics). A verdade é que as músicas até nem eram más e ficaram francamente melhores quando o Joe largou o baixo e pegou numa guitara acústica. Aí ficou um equilíbrio melhor para o meu ouvido e acabou por ser bem fixe ouvi-los. Eles também parecem ter gostado, e agradeceram à que disseram ter sido a " best audience in a long time". Durante a actuação o Joe ainda fez uma piadita que não percebi bem, mas que parecia envolver a potencial vinda dos Police ao palco no meio da actuação, para dizer olá, ou algo assim. Abandonaram o palco aí às 21h00.

Os Police estavam previstos para as 21h30 mas pensei que fosse demorar mais, já que o espectáculo tinha começado com um atraso de 1h face ao previsto.

Entretanto o Pedro comunicou por meios telepáticos que estava no estádio (a verdade é mais complexa - tinha tido de deixar o carro em Algés e tinha apanhado o comboio, ou talvez nunca tivesse chegado!). Mas nhê, nhê, ia à cerveja, à casa de banho, ao merchandising, passear o cão e tal, e não se juntou logo a nós. Conclusão: lá para as 21h40 apagam-se as luzes de repente, ao som de "Get up Stand up" do Bob Marley. E entram os Deuses.

The Police - Or There and Back Again - I

Ok. Arrancámos para o Estádio aqui de casa por volta das 18h00, eu, o Paulo e o Filipe com o objectivo de nos juntarmos com o Pedro in loco. Devíamos estar locos mesmo, porque o trânsito estava a tornar-se caótico. A minha decisão de ir pela Marginal veio a revelar-se boa já que a A5 estava totalmente entupida(dizem os que por lá passaram). À saída da Marginal para o Estádio fomos obrigados pela polícia a virar para Algés, mas como logo ali passando o ribeiro havia onde estacionar, debaixo de uns pinheiros, deixámos lá o Astra junto a meia dúzia de outros carros. Tivemos de fazer uma caminhada não muito longa ao longo do ribeiro até às pontes que dão acesso à zona das piscinas e depois fazer a subida pela estrada alcatroada até ao Estádio, essa já uma distância respeitável. Já disse que estou com Esporão do Calcâneo, ou um problema qualquer no tendão de Aquiles? Mas estou - há uns 15 dias - e ando à rasca, passo o vernáculo, e a aguardar resultado da radiografia. O Filipe também malhou da bicicleta. Em 6 pernas e pés só 4 é que funcionavam bem.

Lá subimos. Apresentámos os bilhetes e ofereceram-nos uma espécie de manga larga e curta branca, de utilização incompreensível, que oferecemos às raparigas das "borboletas" mais acima, na esperança infundada de favores ulteriores. Felizmente este era o lado que dava acesso mais directo à zona VIP. Sim, porque nós éramos 3 dos quê? 10.000 VIPs que lá estavam. Entrámos assim para o exclusivíssimo relvado VIP, antes das 19h00, hora prevista para o arranque dos Fiction Plane, cujo vocalista é o Joe Sumner, filho do Sting. A banda consiste de um vocalista que toca baixo, um guitarrista e um baterista. Rings a bell?

O Pedro estava algures a sair de uma reunião e a entrar no trânsito.

The Police - Estádio Nacional

(Foto tirada exactamente do local onde nos encontrávamos e gentilmente cedida pelo Filipe)


Alinhamento (gamado do Blitz, ou da minha memória infalível?!)

Message in a Bottle
Synchronicity II
Walking On The Moon
Voices Inside My Head / When The World Is Running Down
Don't Stand So Close To Me
Driven To Tears
Hole In My Life
Truth Hits Everybody
Every Little Thing She Does Is Magic
Wrapped Around Your Finger
De Do Do Do, De Da Da Da
Invisible Sun
Walking In Your Footsteps
Can’t Stant Losing You
Roxanne

ENCORES (2)

King Of Pain
So Lonely
Every Breath You Take
Next To You


Os rapazes não estão muito diferentes: (comparação no DailyMail)

domingo, setembro 23, 2007

Leituras - Moon in a Dewdrop

Terminei este livro bastante desconcertante há umas duas semanas. Aqui fica um excerto acessível. Para excertos inacessíveis, procurar tudo o que diga respeito a plum blossoms. ;-)

[...] So when a notion of self arises, sit quietly and contemplate it. Is there a real basis inside or outside your body now? Your body with hair and skin is just inherited from your father and mother (*). From beginning to end a drop of blood or lymph is empty. So none of these are self. What about mind, thought, awareness, and knowledge? Or the breath going in and out, which ties the lifetime together: what is it after all? None of these are self either. How could you be attached to any of them? Deluded people are attached to them. Enlightened people are free of them.

in Moon in a dewdrop - writings of Zen master Dogen

Perceber não é difícil. Grocar é difícil.


(*) Impossível de evitar associar isto à recente leitura do Genoma.

terça-feira, setembro 18, 2007

Família

Foi bom voltar a ter ao pé de nós os nossos primões dos E.U.A.

O tempo que passa também é delimitado por estes marcos.

quinta-feira, setembro 13, 2007

Trilok Gurtu

Ah! Após tanto tempo descubro finalmente o nome (e o vídeo) daquele percussionista que tocava com o John Mclaughlin nas Lendas da Guitarra (Sevilha, acho eu...). Fiquei banzado com a percussão vocal, e graças às maravilhas do YouTube, posso partilhar com vocês:

http://www.youtube.com/watch?v=QstxltuJ-xY

(resta saber quanto tempo vai durar o link - é o defeito de os blogues terem conteúdo alojado fora...)

quarta-feira, setembro 12, 2007

Matthieu Ricard

Matthieu Ricard. Eis um tipo interessante. Abandonou a família bem-relacionada e a Biologia e foi viver para o Tibete, onde vive na proximidade do Dalai Lama.
Num estudo sobre a felicidade - tal como medida a partir dos padrões da actividade do cérebro (critério curioso) - ele é o ponto do gráfico que se afasta dramaticamente de todos os outros, para o lado que dá mais jeito.

Eis um vídeo interessante de uma sua pequena conferência a empregados da Google (perto de 1 hora!): Change your Mind Change your Brain: The Inner Conditions for Authentic Happiness

segunda-feira, setembro 10, 2007

Relatório Martim - LXXVIII

Foi hoje o primeiro dia de aulas do Martim - Entrou para a 1ª Classe!!!

Correu muito bem, o dia. Eu e a Rita fomos lá deixá-lo. Ainda falámos um bocadinho com o Professor Tiago. Ele ficou a brincar no recreio. Quando chegou a hora do almoço foi almoçar a casa dos Avós e comentou com o Avô Bilo que o tempo tinha passado muito depressa.

Se continuar assim, tudo bem, tudo bem...!

segunda-feira, setembro 03, 2007

Festas de Paço d'Arcos


Desde há algum tempo, os festejos foram antecipados para o início de Setembro.
Fotos frequinhas, de há minutos. É sempre bonito.

sábado, setembro 01, 2007

Relatório Martim - LXXVII

Estávamos nós todos na Areia Branca e lá recomecei eu a chatear o pessoal com as leituras intelectuais e científicas. No caso, era o Genoma. Estava portanto a tentar explicar como é que se faz a divisão da hélice dupla de DNA, o mecanismo mais elementar que suporta a replicação, a base de toda a vida. E lá expliquei, o melhor que pude. A Mãe e o Avô Bilo ainda deviam estar a pensar quando o Tio Paulo adiantou que não tinha conseguido perceber. Salta o Martim, "Não percebes, Tio Paulo? Um A apanha um T, um C apanha um G, um G apanha um C e um T apanha um A [...] depois separam-se [bla bla] Fica igual!". Enfim, explicou aquela treta toda outra vez e ainda se deu ao luxo de adiantar "Explico-te as vezes todas que tu quiseres!".

Foi giro ver o interesse que ele pôs na coisa. No fim até me caíu o queixo.

Entretanto o Tio vaidoso, ao jantar, tirava coelhos da cartola. Martim? Quanto é que é 43+25? Resposta pronta de cabeça...68.

O miúdo está-se a passar! :-)~ ~

Leituras - Genoma

Este livro de Matt Riddley é a revelação da Vida.

O conhecimento mais importante que dele se pode retirar é:

A C G T -> T G C A

Isso está certamente em muitos outros livros, mas quantos de nós já leram algum deles? Há certas coisas que não nos podem passar ao lado, ou pelo menos que é lastimável que ignoremos, nós que tivemos a felicidade de nascer numa época que nos permite obter certos conhecimentos quase de borla, conhecimentos que outros teriam dado (ou deram?) a vida para obter.

Já acabei de o ler há uns dias, e é espectacular.