sábado, julho 21, 2007

Música - Sharmila Roy Pommot

Acabei há pouco de ver o último DVD do Mahabharata de Peter Brook e fui seduzido pela voz sublimemente límpida de Sharmila Roy Pommot, cantora da qual é quase impossível obter um CD (à parte a banda sonora do filme e uma colectânea chamada Bliss). Que delícia.

Outras obras que encontrei: Alo-Andharer Anandabiplabe
e Gaan OJibon.

Afinal havia uma pequena discografia dela aqui na Radio France.

P.S.: Pronto, perdi a cabeça e mandei vir o Alo-Andharer Anandabiplabe!

quarta-feira, julho 18, 2007

Pêra de Santo António


Quem conhece a Pêra de Santo António? Que futuro têm estas variedades na União Europeia?

Fala-se tanto de espécies em vias de extinção... em mim não se extinguem as memórias da textura, do sabor e do aroma das pêras de Santo António que comi no quintal da minha Avó Gisela, e que agora recordo, passados 30 anos. Uma trincadela mais dura, um sabor menos doce e uma aroma mais bravio que a Pêra Rocha. Foram oferecidas pela minha Tia Irene e trazidas pelos meus pais da Lourinhã. Fica a promessa de resgatarem um tranquinho da árvore para enxertar em terra nossa!

terça-feira, julho 17, 2007

Leituras - Os Dragões do Eden


Uma conversa que gostaríamos que não terminasse (1) com Carl Sagan, esse comunicador irresistível. Mais um prego no caixão do Creacionismo, mais uma centelha de verdade para quem quiser sair desta vida tendo tido a mínima noção do que ela é: a evolução dos cérebros dos animais (nós incluídos), for dummies.

Uma pérola, evidentemente.

Das páginas mais recentes sobressai esta afirmação que foi para mim uma potencial revelação:
[...] pergunto-me, tal como Ésquilo, se o estado de vigília dos outros mamíferos se assemelhará ao estado de sonho dos humanos - onde podemos reconhecer signos, como a sensação de água que corre ou o perfume da madressilva, mas um repertório extremamente limitado de símbolos como palavras; [...]

Também não consigo esquecer a descrição extremamente bela que Helen Keller (cega, surda e muda) faz da sua descoberta da linguagem, do instante exacto da primeira Palavra. Esta não transcrevo. Vão comprar o livro. ;-)

(1) e, por enquando, ainda não terminou, felizmente! - pág. 170, de 254.

Leituras - Mahabharata

Terminei hoje a leitura deste grande épico, numa versão bastante reduzida e mais acessível, que é a de Krishna Dharma (pseudónimo). Fico com a forte impressão de que, na redução e adaptação, se perdeu bastante. Essa impressão é reforçada por excertos que já li de uma tradução mais literal do original que, sendo certamente mais impenetrável, tem um não-sei-quê que me atrai.

Posto isto, gostei do livro, embora não me pareça que esta opinião possa ser partilhada por qualquer um. Surpreendeu-me, em particular, a sintonia de posições entre o Hinduísmo e o Budismo.

Aqui ficam algumas das questões colocadas por Dharma a Yudhisthira, (retiradas de www.newgovardhana.net; a versão do livro é praticamente igual)

What is the highest refuge of heaven? Of heaven it is the truth.
What is the highest refuge of happiness? Of happiness the highest refuge is good conduct.
Who is the friend given to him by destiny? The wife is the friend given by destiny.
What is the greatest virtue in the world? Abstention from harming
any creature is the greatest virtue.
What religion bears fruits? The religion of the three Vedas is always fruitful.
What is it which if controlled, never leads to misery? The mind if controlled never leads to misery.
Whom does friendship never break? Friendship with the righteous never breaks.
What is that, by renouncing, makes a man dear to others? Giving up pride makes one dear.
What is it, if renounced, leads to wealth? Desire, if renounced, makes one wealthy.

Leituras - O Homem Que Só Gostava de Números

Este é um livro (1) de Paul Hoffman sobre Matemática, organizado à volta da vida do matemático húngaro Paul Erdös.

É um livro muito interessante e divertido, mas insperadamente mais sobre Matemática do que sobre Paul Erdös. No entanto, o que revela do homem é suficiente para podermos compreender como este era verdadeiramente uma personagem. Desde a linguagem...

[...] Erdös começou a referir-se aos comunistas como sendo pessoas «situadas no comprimento de onda longo», porque no espectro electromagnético as ondas vermelhas eram longas. [...] Foi então que começou a chamar «épsilos» às crianças e outras coisas pequenas [...] (2)
... até ao seu sentido de humor negro...
«Erdos sabia que não era muito bom a lembrar-se de nomes», dizia Graham, «mas dizia, com frequência, que saberia que estava mesmo em maus lençóis quando se esquecesse do nome Alzheimer.»

Não é provável que seja o livro mais fácil para quem tenha dúvidas se 21 é ou não um número primo.

(1) Devorei o livro nas férias, já que o Mahabharata era grande demais para levar para a Madeira, isto embora faltassem apenas umas 30 páginas.
(2) Deixo à vossa imaginação o verdadeiro significado da expressão Supremo Fascista.


Venho da Festa!... :-P

Belas férias na Madeira! É a quarta vez, e não há-de ser a última, se depender de mim. Resumindo:

O hotel Pestana Village, que tão gentilmente nos fez o upgrade para uma suite com jacuzzi; a vista do quarto; os jogos de xadrez; e uma das piscinas ...



As paisagens arrebatadoras... de cortar a respiração.



O Restaurante Paradise, na Estrada Monumental, onde a gastronomia e a vista lutam pelo segundo lugar. O primeiro vai para a simpatia... Saudade.


Tudo o que é bom tem de acabar. Esta foto é especialmente para o Marcelo, que é madeirense e gosta de aviões... é o A320 do regresso.

segunda-feira, julho 02, 2007

Férias

Vamos passar uns dias à Madeira.

Até breve!!!