sexta-feira, abril 29, 2005

Portugal

Há os que têm muito dinheiro, e os que não têm muito dinheiro.
Há os que têm espírito de iniciativa, e os que não têm.
Há os competentes e os incompetentes.

E depois, há uma data de combinações. Portugal tem imensas combinações erradas...

quinta-feira, abril 28, 2005

Rome Total War

Que jogo diabolicamente viciante. Então agora com os novos drivers da Nvidia a coisa até voa! Veni, vidi, vici! ...enfim, para ser sincero, nem sempre vici - às vezes perdidi, também...

segunda-feira, abril 18, 2005

Relatório Martim - XXXV

Duas com piada.
A minha sogrinha encontrou uma espinha no meio do prato de peixe do Martim, e começou a explicar-lhe que era uma espinha, e que picava (com direito a demonstração e tudo), e que tinha de se ter cuidado,e tal. Resposta do Martim: "Está bem, Avó. Quando eu fôr grande vou explicar aos meninos pequenos"...
A outra foi quando estávamos a jogar à bola no corredor (com uma daquelas bolas de praia). Já de há uns tempos para cá que, quando ele chuta mais alto, eu conto aquela história do Manual do Zé Carioca:

- De que é que é feita a bola?
- De couro.
- E de onde vem o couro?
- Da vaca.
- E o que é que a vaca come?
- Erva.
- Então, chuta a bola na erva, rasteirinho, rasteirinho...

Lá começámos então:
- Martim, De que é que é feita a bola?
- De ouro.
- Não é de ouro, Martim. É de couro. E de onde vem o couro?
- Da girafa...

sexta-feira, abril 15, 2005

Ah Leão!

Não há um sem três... agora quatro?!

Sofri à brava e sou do Benfica!...
Grande vitória, grande vitória.

P.S.: Pobre Newcastle, terra do Bryan Ferry e do Sting.

quinta-feira, abril 14, 2005

Novo título

Pois é. Achei que "Luís Ferreira" era algo demasiado vago como título para o blog, pois há um número incomensurável de pessoas com esse fragmento relevante do meu nome. Claro que o mesmo acontece comigo próprio, mas é demasiado tarde para mudar. Frustrado com a impossibilidade de encontrar este blog no Google (coisa que parece acontecer a cada vez mais pessoas), submeti hoje o site ao Dmoz (ver recibo em baixo) e até para isso fazia falta ter um nome um bocado mais sugestivo.
Já agora, o nome deve direitos de autor a um certo Jorge, em casa de quem passei alguns dos momentos mais divertidos da minha tenra infância (alguns de vocês sabem de quem é que eu estou a falar), e que disse a imortal frase: "A minha vida é um livro aberto! Tem é algumas páginas arrancadas...".

(Submetido para World: Português: Informática: Internet: Weblogs: Pessoais)
A submissão do seu site foi recebida.
Um editor fará a revisão da sua submissão para inclusão no directório.
Uma vez o seu site aceite pelo Open Directory, poderá levar de 2 semanas a vários meses para o seu sítio ser listado nos sites dos Parceiros que usam os dados do Open Directory, tais como
AOL Search, AltaVista, HotBot, Google, Lycos, Netscape Search, etc. Nós actualizamos os dados disponíveis semanalmente, mas cada parceiro tem o seu próprio calendário de actualizações.

quarta-feira, abril 13, 2005

Leituras - História de Roma

Pois é. Tenho de confessar que, nos últimos dias, enquanto de dia lia o Livro dos Dias, à noite lia à socapa a História de Roma, de Indro Montanelli (ISBN 972-44-1126-5). À luz ténue do candeeiro da mesinha-de-cabeceira, pobre melhoramento tecnológico da lamparina de azeite, foi agarrado à tábua de salvação desta História - aliás bem melhor que a outra história(*) - que pude sobreviver às últimas vagas anti-literárias que o Livro dos Dias (mas não das Noites) lançou sobre mim, na tentativa de me atirar para o fundo. Página 60, portanto.

(*) ou estória - mas ainda hei-de escrever estore com 'h' antes de me converter a semelhante ortografia...

terça-feira, abril 12, 2005

Leituras - Livro dos Dias

Acabei de ler o Livro dos Dias e, sim, é tão mau como parecia. Terminada a leitura, o que lamento não é que o personagem principal não tenha tido melhor sorte, mas sim que não tenha tido melhor história, quer a sorte fosse melhor ou pior.
Aos erros ortográficos e de tradução, bem como às omissões de palavras, e aos erros nas datas, juntou-se ainda a própria inverosimilhança do relato. Alguém acredita que um soldado em guerra possa escrever o seu diário no fundo dum fosso, entre os cadáveres, no meio do combate? Que do mesmo diário constem diálogos em que constantemente se descrevem pormenores do tipo "fulano cofiou o bigode", "sicrano levantou o sobrelho e olhou-me enquanto palitava os dentes"? Mas não falta o tempo para escrever?! Estamos na guerra, que diabos! Quem é que liga a esses pormenores ao ponto de os anotar no seu diário? E depois há as incongruências básicas - não me posso esquecer da imortal sequência:
Dia Dezanove de Outubro
Hoje atingo a idade de trinta e três anos [...]. Para assinalar o dia convidei Yasmin a assistir comigo a uma missa cantada na catedral.
[...]
Raramente apreciei tanto uma ceia como a nossa naquela noite (qual noite? esta, ou já acabou? ainda estamos a dezanove de Outubro ou quê?!).
[...]
Pareceis tranquilo, Effendi. - Admiti que estava. - Fico satisfeito - disse -, mas, perdoai-me, não rezais esta noite?
Disse-lhe que o faria, e depois de ele sair, levando a vela, sussurrei o nome dela na escuridão. E adormeci. (ai sim? curioso, então como é que escreveste isto?! ainda por cima na escuridão...)

Por fim, fiquei claramente com a sensação de que se estava a acabar o papel, não ao personagem, que certamente o teria em pouca quantidade (mas que desperdiçava em descrições...), mas ao escritor, que devia ter que entregar o livro. Subitamente, falta (ao personagem? ao escritor?) tempo e vontade para escrever. A história acaba num abrir e fechar de olhos - uns moralismos à pressão, e é tudo. Pressão da editora? Oh, abençoada! Que alívio! Venha o próximo livro...

segunda-feira, abril 11, 2005

Relatório Martim - XXXIV

O Martim já está curado da Varicela, só lhe sobram umas marcas das borbulhas que vão desaparecer. Entretanto está um bocadito constipado, mas nada de especial.
Mais relevante foi a ida ao Cardiologista, recomendada pela médica, por ter ouvido um soprozito no estetoscópio. Fomos ao Hospital do SAMS. Ele portou-se muito bem, super sossegado; deixou despir da cintura para cima, suportou uns dez minutos de ecocardiograma... levanta o pescoço... baixa o pescoço... até estava divertido (aliás disse-o). E tudo bem - tem uma falsa corda algures no coração, que é um tendão desnecessário e constitui uma variante do normal. Não desaparece com a idade mas não carece de qualquer acompanhamento. É basicamente um pedacito de carne que abana com a passagem do sangue, fazendo ruído. Cinco estrelas.

Este fim-de-semana viu DODOT na caixa das fraldas (em casa ainda usa, na escola já não) e lá foi ele (...dizendo "Tem dois 'D's e dois 'O's e um 'T'"...) para a sala, pegou nas benditas letras de madeira que comprei na lojinha chinesa ao pé do Banco e zás! escreveu DODOT. Isto foi no Sábado. Na Sexta-feira já tinha havido um caso curioso. A caminho do SAMS, e parado numa bicha a tentar entrar para a 2ª Circular, tinha uma série de carros à minha direita. Às tantas diz ele "Olha, 'Refeitório'". Claro que não vi nada disso. Suponho que ele conhece a palavra da escola, onde deve estar escrito na porta do Refeitório (...a confirmar). Conclusão: à nossa direita estava um camião com um atrelado 'Honório'. Coincidência? Talvez não, talvez não.

quinta-feira, abril 07, 2005

O Papa, e não só

Como é mais que sabido, o Papa morreu no dia 4 de Abril. Mais ou menos pelos mesmos dias, recebi um vídeo da associação Animal com imagens chocantes de bichos a serem esfolados, e fiquei a saber que umas trezentas mil pessoas foram chacinadas no Dafur, Sudão (ao contrário das apenas setenta mil que se julgava). Se tivesse de elencar o que me perturbou mais, do ponto de vista emocional, seria assim:

1) Vídeo da associação Animal
2) Morte do Papa
3) Massacre no Dafur

Do ponto de vista racional, não tenho muitas dúvidas:

1) Massacre no Dafur
2) Morte do Papa
3) Vídeo da associação Animal

embora a morte do Papa fosse inevitável, mas os massacres dos animais não; enfim...

A questão é: confiar nas emoções para decidir certas questões pode ser de uma imbecilidade extrema. Isso aplica-se também ao aborto. É mais chocante ver alguém a ser chicoteado do que saber que vinte embriões foram destruídos. Mas porque não somos imbecis, há que reflectir. E decidir racionalmente.

quarta-feira, abril 06, 2005

Leituras - A Força da Razão / Livro dos Dias

Já há mais de duas semanas que terminei o livro de Oriana Fallaci, "A Raiva e o Orgulho". Ficou também por dizer que, ainda mal tinha devolvido este livro (era emprestado), adquiri logo "A Força da Razão", da mesma autora. Como já contei, também já tinha começado a ler este livro e tive de o devolver. Acabei-o em poucos dias, e os dois são agora para mim um continuum. É difícil formar uma opinião racional sobre os seus ataques à Religião Muçulmana sem ter uma base quantitativa sobre qual o apoio (moral ou material) que o Mundo Muçulmano (e não uma qualquer minoria) efectivamente dá aos extremistas. Esta questão importante fica por investigar. Contudo, permanece em mim um sentimento de exaltação inflamada difícil de contrariar, um estado de alerta, e não consigo, nem quero, esquecer-me das suas palavras.
Entretanto, recomecei a ler "O Livro dos Dias" ("A Booke of Days") de Stephen J. Rivelle, traduzido por Maria Teresa da Costa Pinto Pereira. E se agora a sexualidade explícita desapareceu, e ficou um leve travo a erotismo, o que não desapareceu foram os inacreditáveis erros de grámatica, ortografia e pontuação que se atravessam no caminho a cada página. E por isso, das duas uma: ou 1) o senhor Stephen J. Rivelle, aliás Rivele, não sabe ponta das mencionadas artes, e a senhora Maria Teresa da Costa Pinto Pereira dá disso conta exemplar na sua tradução fidelíssima; ou 2) o senhor Rivele carece apenas daquele génio literário que nos faz apaixonar por um livro, mas a senhora Maria Teresa da Costa Pinto Pereira (ou quem tecla por ela) e as Edições Lyon assassinaram definitivamente o livro por falta de revisão. Mas como não consigo abandonar o livro a meio, já estou quase a terminar.