sábado, setembro 11, 2010

Leituras - Grandes Batalhas: Maratona 490 a.C.

Sempre interessado pela História militar, não resisti à tentação de adquirir a nova colecção da Osprey Publishing, numa iniciativa do jornal Correio da Manhã. Por um pouco menos de oito euros por exemplar é possível adquirir, em formato de capa dura, o relato de algumas das mais importantes batalhas da Humanidade. Tive a oportunidade de confirmar que, em Espanha (estivemos recentemente em Barcelona), exemplares avulso da Osprey custam sensivelmente o mesmo preço, mas em capa mole. Assim, não sendo uma absoluta pechincha, é, ainda assim, atraente.

O primeiro volume, sobre a batalha de Maratona, entre gregos e persas, deu uma leitura agradável. Mas, no meu caso, é o tipo de livros que podem acabar por ficar na prateleira, se não me resolvo a correr o risco de os levar para os transportes públicos - realmente, quase não consigo encontrar disposição para ler em casa.

P.S.: Devo chamar a atenção dos caríssimos leitores, mas sobretudo da editora, que a tradução está sofrível, havendo situações capazes de gerar verdadeira perplexidade no leitor. Por exemplo, é referido o facto de um escudo ter sido usado como uma enxada, no famoso episódio do sinal do escudo, quando de facto terá sido usado como um espelho. Duvido sinceramente que o original inglês falasse de algum tipo de enxada, mas algures no retorcido caminho das traduções e re-traduções algo de crítico se perdeu. Recordo que, em edição de colecção análoga relativa à Segunda Guerra Mundial, ao que parece a tradução terá sido realizada a partir da tradução espanhola, e não do original inglês, conduzindo na altura a várias gralhas.

Leituras - O Senhor dos Anéis - As Duas Torres

À noite, normalmente já com o Martim deitado, prossegue a nossa leitura (tipicamente eu leio em voz alta) de O Senhor dos Anéis. Vamos no segundo volume, As Duas Torres, e já perto do fim.
Gollum, gollum!

Leituras - O Infinito na Palma da Mão

Finalmente tive a oportunidade de ler (essencialmente durante as férias na Madeira) um livro de Matthieu Ricard, co-autor com Trinh Xuan Thuan. Nas próprias palavras do livro, trata-se de "O diálogo esclarecedor entre um cientista convertido ao budismo e um budista que optou pela carreira científica". Gostei bastante do livro, embora considere que para uma apreciação adequada é requerido um grau importante de conhecimento científico e da doutrina budista, sob pena de se poderem fazer interpretações indevidas. Isto porque o livro é muito abrangente e alguns assuntos, ao serem dicutidos de forma necessariamente superficial, podem enfraquecer a validade das conclusões, por falta de fundamentação. Ou seja, por vezes senti que havia alguns "saltos" nas conclusões que a argumentação expressa poderia não suportar. Todavia, é um óptimo livro para servir como base a uma exploração pessoal. Uma publicação da Casa das Letras.

O livro faz uma citação perfeita de William Blake a propósito do seu tema central:
Ver um universo num grão de areia,
E um paraíso numa flor selvagem,
Conter o infinito na palma da mão,
E a eternidade no tempo de uma hora.
No original...
To see a World in a Grain of Sand
And a Heaven in a Wild Flower
Hold Infinity in the palm of your hand
And Eternity in an hour

... que, por curiosidade, foi a óbvia inspiração de Sting para:
Finding the world in the smallness of a grain of sand
And holding infinities in the palm of your hand
And heaven's realms in the seedlings of this tiny flower
And eternities in the space of a single hour

Leituras - Dez Lições sobre o Budismo

Da Editorial Presença, Dez Lições sobre o Budismo de Giangiorgio Pasqualotto foi uma feliz surpresa, proporcionando uma introdução excelente ao Budismo e mantendo o interesse mesmo para os que, como eu, já não procuram exactamente uma introdução ao tema. Recomendo vivamente.